
O estado registrou, até a segunda-feira (04), 31 mortes confirmadas pela doença. Há ainda outros 122 óbitos em investigação, segundo painel de monitoramento do governo estadual. O total de pessoas infectadas chega a 138.259. Destas, 169 estão em um estado considerado grave. A decisão de decretar a emergência foi tomada depois de o Centro de Operações Emergenciais (COE) recomendar a medida, e ocorreu por um motivo alarmante: o estado atingiu 300 casos confirmados da doença para cada grupo de 100 mil habitantes nesta semana. O número é considerado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) o patamar a partir do qual a região afetada tem que decretar a emergência. Além de dar ainda maior visibilidade ao problema, o decreto permitirá nova alocação de recursos para o combate à doença, com o suporte do Ministério da Saúde. Mais compras de equipamentos e contratações poderão ser feitas para minimizar os impactos da doença. O Brasil enfrenta uma epidemia de dengue, com 1.017.278 de casos prováveis da doença e 214 mortes confirmadas em 2024. No país, a taxa de incidência já chega a 501 casos por 100 mil habitantes. De acordo com o Ministério da Saúde, 75% dos focos do Aedes aegypti, o mosquito que transmite a doença, estão dentro dos domicílios, e por isso o governo se concentra em campanhas educativas e visitas porta a porta de agentes de saúde. Segundo especialistas, a mobilização para a educação no combate ao mosquito transmissor da doença é importante, mas o país já enfrenta uma situação complicada.
TEXTO – José Raimundo Tramontini
FOTO - Ilustrativa